Aqui não é como os contos de fadas que tem começo, meio e fim. Aqui tem dragões, fadas, elfos, unicórnios, espadas, arcos e flechas. Nada aqui é feito sobre regras, eu sou uma Rebelião pedindo, implorando por liberdade.
Seja bem-vindo(a) ao meu mundo.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

E ai?



Pois é, outra noite em claro caro leitor, outra noite que minha cabeça fica maquinando mil coisas e meu sono foge tão rápido como a presa foge do caçador.
Meus olhos ficam fundos, tão fundos quanto um poço, eu fico branquinha, tão branca quanto a Branca de neve. Fico cansada, material e emocionalmente, sei lá, sou confusa, estou confusa.
Normalmente quando ocorre isso, me lembra aquelas fases da vida, onde a pessoa faz uma ou mais grandes mudanças, ou quando ela pensa no que está fazendo com sua vida e se, está sendo válido, ou está sendo produtivo.
Já me questionei muito sobre as pessoas, as atitudes, as situações, o espaço, ambiente, causa e consequência... é, vai ser difícil escrever hoje.
A impressão que tenho é estar dentro de um local muito bagunçado e mal conseguisse andar por lá, como se fosse um acumulador, já viu aqueles programas onde as pessoas lotam suas casas com animais, objetos ou qualquer tralha? É mais ou menos assim... mas meu quarto, minha casa está em ordem, isso é dentro da minha cabeça; o que acho muito pior! Pois se está fora, fica mais fácil, ou joga fora, ou guarda, ou cria, com aquele objeto, um novo objeto... ou coisa do tipo.
Um desespero psicológico, uma fase confusa, onde pensamentos não estão sendo coerentes e as atitudes menos ainda. Ok, não me ache doida, já disse, é só uma fase.
Já pensei se não estava desperdiçando minha vida, vivendo-a do jeito que está, já pensei se no futuro vou me arrepender do que estou fazendo hoje e ainda, se hoje me arrependo do que não fiz no passado... Puta dilema!
É como apalpar o abstrato, impossível!
E por incrível que pareça, são coisas banais, mas pra mim, tem muito valor.
Sinto que no meu coração há sentimentos se digladiando-se e tentando sair, no meu cérebro, pensamentos que vão e vêm, como a poeira que é levada pelo vento sem destino e sem rumo.
Me sinto perdida, sem estabilidade, sem algo fixo, tentando entender o que se passa, ou o que se passou, tentando entender toda essa trajetória.
Fico tentando entender o porque desse desligamento tão rápido, tentar seria como colar algo quando a cola já secou, não dá, vai ficar caindo, rasgando, amassando, até que um dia não dá mais, suja, rasga e tem que jogar fora; assim estamos nós.
Tô cansada de correr atrás, me sentir menos, sentir que só eu tomo a atitude, cansei de estar sempre em segundo plano.
No fundo, eu queria abrir minha caixa torácica e respirar! Cara, como eu queria poder respirar, não essa função de ventilação que exercemos constantemente no nosso dia, mas aquele "respirar", sintoma de dever cumprido, de paz, de sossego, de alívio... disso.
Tô carente, de alegria, da fantasia, da magia, da amizade, do carinho e do amor.
Tô carente da vida. 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Do lado de cá.






Sabe, é bem estranho estar do lado de cá,
o lado de cá da concha...
É um mundo reservado,
um mundo só meu.
Ideias só minhas,
ideologias minhas.

Fatos disfarçados,
amores renegados,
solidão presente,
amor inexistente.

Estar do lado de cá é escuro e quieto.
Seguro...
Tem vez que saio,
vez que não.

Se saio, não sei se volto não...
Se não voltar, que história haveria de contar?