Aqui não é como os contos de fadas que tem começo, meio e fim. Aqui tem dragões, fadas, elfos, unicórnios, espadas, arcos e flechas. Nada aqui é feito sobre regras, eu sou uma Rebelião pedindo, implorando por liberdade.
Seja bem-vindo(a) ao meu mundo.

domingo, 27 de julho de 2014

Medo...

Olá Blog, hoje resolvi sair da concha, 
resolvi vim dar um olá, 
aqui desse mundo, 
tentando derrotar meus monstros, 
meus medos, 
meus anseios. 

É, pois é não é todo mundo que compreende estar do lado de cá, do lado onde um louco reina e uma mulher que chora. 
Tem vezes que me sinto como um gato, miando, chorando, de canto em canto... vez ou outra me sinto uma tigresa, com uma força e uma raiva voraz, pronta pra acabar com o rei louco. E a mulher que chora? Bem, que posso eu fazer? Apenas consola-la e dizer que tudo irá melhorar quando o dia amanhecer. 
Mas dentro da concha, o dia não amanhece aqui o sol não raia, é só noite e noite, mais noite. 
O rei louco, vira e vira, grita e bate o pé, erra, quebra, conserta e desfaz. A mulher que chora, grita, clama, implora, chama e se desespera. 
Eu fico aqui, querendo um socorro, algo que faca isso parar, que transforme que guie, ou que mande uma luz, que tire esses demônios daqui. 
Demônios que são do rei louco, que atormentam a mulher que chora e que tentam me pegar. 
Mãos ameaçadoras, sorrisos maléficos, olhos amarelos e sangue que escorre. 
Eu não sei mais para onde ir, não sei se fico se vou, se grito se mato, ou se morro. 
Não sou de vitimização, mas os demônios estão ganhando forca, crescendo e se multiplicando e eu? 
Continuo aqui, dentro da concha, procurando uma saída, uma luz, uma solução. 
Rei louco que passa com você? - Argumentei sem sucesso. 
- Cuco! Cuco! Ratos no armário! Ratos no armário! - Ele gritava e pulava como uma gazela. 
A mulher que chora me dizia: - Menina tire-o daqui! - Ela chorava constantemente, eu já não sabia mais o que fazer. - Me ajude criança! - Estou indo - eu disse, correndo, escapando das mãos que tentam me agarrar pelo corredor. 
Desde pequena via a mulher que chora chorar. Parece até redundância, mas é a verdade, sempre a vi chorar,  poucas vezes vi seu sorriso e tenho que dizer... que sorriso!
Um sorriso que ilumina os céus e terra, que fazer nascer  flores e reviver os mortos [ sim caro leitor, é assim mesmo... uma pena não poder ver pessoalmente].
Desse lado da concha a situação é perigosa, não consigo sair, apenas respirar um pouco de ar puro quando venho aqui. 
Aqui é o meu refugio. 
Adeus Blog, olá concha, tenho que voltar, quando puder, torno a contar... contar meus segredos. 


Ah, eu volto para contar do rei louco e da mulher que chora. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário